13 outubro 2008

A expedição: RDS Uacari, Rio Juruá

Um bom momento pra falar deste lugar, o rio Juruá, precisamente a Reserva de Desenvolvimentos Sustentável Uacari, onde estou voltando quase dois anos depois do meu encantamento com a Amazônia, lugar que me fez fechar a casa em Curitiba e me aventurar por essa imensidão de águas e floresta... E o melhor dessa história, é o que estarei fazendo por alguns dias em algumas comunidades... Será meu primeiro retorno a região, e a primeira vez que mostrarei as imagens feitas em novembro de 2006, num esquema de exposição em varais durantes as festas que acontecerão em função da soltura de tartarugas.

As imagens são dos moradores, cozinheiras, lideranças, natureza e da oficina do PROBUC, Programa de Biodiversidade em Unidades de Conservação do Estado do Amazonas, meu primeiro trabalho nessa terra.

O caminho...












Em terra distante...


Quando tive a oportunidade de vivenciar a floresta eu pude entender este sentimento de arrastar o tempo... De uma maneira muito pessoal me senti encantada pelo senso de beleza e verdade desse cenário que ao mesmo tempo é tão primitivo e essencial pra mim... Passei a fazer parte dessa fusão entre natureza e intuição que é construída a cada dia de entrega nesse lugar, dessa realidade que faço parte agora...
Há tempos tenho vontade de compartilhar essa idéia do tempo e do olhar na Amazônia... Quando cheguei nessa terra distante, a primeira leitura foi do Milton Hatoum, “ Relato de um certo Oriente”, que me ajudou a compreender a relação com o tempo aqui, e ainda me ajuda...

“Compreendi, com o passar do tempo, que a visão de uma paisagem singular pode alterar o destino de um homem e torná-lo menos estranho à terra em que ele pisa pela primeira vez.” Milton Hatoum